domingo, 4 de abril de 2010

DIABETES. O QUE VOCE PRECISA SABER.

Diabetes tipo 1.

O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por engano porque o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto-imune. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide.



A DM1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena.) Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável. As pessoas precisam de injeções diárias de insulina para regularizar o metabolismo do açúcar. Pois, sem insulina, a glicose não consegue chegar até às células, que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração.


A maioria das pessoas com DM1 desenvolve grandes quantidades de auto-anticorpos, que circulam na corrente sanguínea algum tempo antes da doença ser diagnosticada. Os anticorpos são proteínas geradas no organismo para destruir germes ou vírus. Auto-anticorpos são anticorpos com “mau comportamento”, ou seja, eles atacam os próprios tecidos do corpo de uma pessoa. Nos casos de DM1, os auto-anticorpos podem atacar as células que a produzem.


Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional. Ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus como o cocsaquie. Outro dado é que, no geral, é mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.

Sintomas


Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar:



• Vontade de urinar diversas vezes;

• Fome freqüente;

• Sede constante;

• Perda de peso;

• Fraqueza;

• Fadiga;

• Nervosismo;

• Mudanças de humor;

• Náusea;

• Vômitos


Diabetes Tipo 2


Sabe-se que o diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos.

Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. Esta é uma anomalia chamada de "resistência Insulínica".

O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.


Principais Sintomas:

• Infecções freqüentes;

• Alteração visual (visão embaçada);

• Dificuldade na cicatrização de feridas;

• Formigamento nos pés;

• Furunculose.



Diabetes Gestacional


Na gravidez, duas situações envolvendo o diabetes podem acontecer: a mulher que já tinha diabetes e engravida (leia mais a respeito) e o diabetes gestacional. O diabetes gestacional é a alteração das taxas de açúcar no sangue que aparece ou é detectada pela primeira vez na gravidez. Pode persistir ou desaparecer depois do parto.


A dieta é o mais importante na vida do diabético, entenda noções gerais.


Comer é essencial à vida, mas um diagnóstico de diabetes pode fazer o simples ato de comer parecer extremamente complicado. Entretanto, um diagnóstico de diabetes não significa que você tem que entrar em uma “dieta diabética” restritiva. Significa apenas que você tem que prestar muita atenção ao efeito dos alimentos sobre o seu corpo. Quando você sabe como os alimentos afetam o seu corpo, você pode ajustar os tipos e quantidades que pode comer de modo a manter os seus níveis de glicose no sangue dentro da faixa considerada como normal.


Enquanto carboidratos, proteínas e gorduras são digeridos, eles são fragmentados em glicose, fazendo com que os níveis de glicose no sangue subam. Mas cada um desses nutrientes apresenta um metabolismo diferente em termos de velocidade de absorção, quantidade absorvida (são fragmentados no corpo em várias taxas,) afetando de forma diferente os níveis de glicose no sangue.

Os carboidratos são os nutrientes que mais afetam os níveis de glicose no sangue. O corpo fragmenta aproximadamente 100% dos açúcares e amidos - dois tipos de carboidratos - em glicose em aproximadamente duas horas. No passado, era dito às pessoas com diabetes que elas não podiam ter qualquer açúcar na sua dieta e que os amidos eram saudáveis. Nós sabemos agora, entretanto, que o seu corpo fragmenta tanto o açúcar quanto o amido em glicose na mesma velocidade. De fato, é a quantidade total de carboidrato na sua dieta, não a fonte do carboidrato, que influencia significativamente os níveis de glicose no sangue.

As proteínas e as gorduras afetam menos os níveis de glicose no sangue do que os carboidratos. Aproximadamente 50% da proteína é eventualmente fragmentada em glicose, geralmente dentro de três a cinco horas. Em torno de 5 a 10% da gordura que você come se transforma em glicose dentro de seis a oito horas. A gordura desempenha um papel na elevação da glicose no sangue pelo bloqueio da ação da insulina, aumentando o tempo que o alimento leva para viajar através dos seus intestinos. Como resultado, a sua glicose no sangue pode não ser inicialmente afetada depois de uma refeição gordurosa, mas horas depois, ela pode subir significativamente. O álcool e os substitutos do açúcar, ou adoçantes, também podem afetar os níveis de glicose no sangue.

Para descobrir como carboidratos, proteínas e gorduras - em quantidades e combinações diferentes - afetam os seus níveis de glicose no sangue, faça experimentos com eles. Comece comendo como de costume. Então comece a introduzir uma variedade maior de alimentos. Desfrute de tipos diferentes de carboidratos, de molho de tomate a batatas, biscoitos a feijões verdes, e de pão a mirtilos. Coma uma variedade de proteínas, de ovos a queijo e de peru moído a costela. Existem vários tipos de gorduras, de manteiga a margarina e de creme de leite a maionese.

Mantenha anotações detalhadas e precisas sobre as quantidades de alimentos que você come e a quantidade dos nutrientes no alimento, e teste freqüentemente os seus níveis de glicose no sangue para ver como o seu nível de insulina corresponde ao seu consumo de comida. Teste antes de comer e depois uma, duas, três e quatro horas após a refeição. Como regra geral, tenha como objetivo uma glicose em jejum de 90-130 miligramas por decilitro (mg/dL); uma hora após a refeição, menos que 180mg/dL; duas horas após a refeição, menos que 160mg/dL; três horas depois, menos que 140mg/dL; e em quatro horas, ou antes da sua próxima refeição, novamente a 90-130mg/dL.

Com o tempo, você começará a perceber como o seu corpo responde ao alimento, especialmente aos carboidratos. Você pode descobrir que comer alimentos que contenham apenas carboidratos faz com que a glicose no sangue suba rapidamente, ou fique muito alta após a refeição. Os carboidratos em combinação com quantidades variáveis de gordura e/ou proteínas afetarão os níveis de glicose no sangue de forma diferente. Além disso, você pode descobrir que alimentos ricos em gordura elevam os seus níveis de glicose no sangue também. Você pode descobrir que comer em excesso (comer quando você não está com fome) faz os níveis de açúcar no sangue subirem rapidamente e ficarem muito altos.

Lembre-se: não importa a sua fonte, a insulina trabalha com o alimento que você come. O equilíbrio é o aspecto-chave do controle da diabetes. Se você come muita comida para a insulina que está disponível, o seu nível de glicose será muito alto; se você come muito pouco, o seu nível de glicose será muito baixo. Uma alimentação balanceada ajuda a controlar a diabetes



. Diabetes e açúcar


Imagine que você não possa comer nenhum tipo de doce só porque tem diabetes. Continue lendo para saber como, gradualmente, os médicos chegaram a acreditar que açúcares simples podem ser uma fonte saudável de carboidratos em uma dieta balanceada para diabéticos.

Antes da descoberta da insulina, em 1921, o principal tratamento para a diabetes era a dieta. A dieta que os médicos passavam para os pacientes diabéticos era de baixo teor de carboidratos e calorias - basicamente, uma dieta de fome. O diagnóstico da diabetes, naquela época, era uma sentença de morte; os pacientes morriam em dois anos tanto de fome quanto de cetoacidose, pelo acúmulo de ácidos decorrente da quebra da gordura substituindo o açúcar que não chega na célula pela falta de insulina. A disponibilidade da insulina mudou tudo - mas não imediatamente. Na teoria, os pacientes diabéticos que tomavam injeção desse crucial hormônio agora poderiam comer batata, uma fatia de pão ou qualquer outro alimento rico em carboidratos sem medo de que seu nível de açúcar no sangue aumentasse. Entretanto, os médicos continuaram cautelosos em relação aos carboidratos durante muitos anos. No início da década de 60, contudo, os cientistas mostraram que uma dieta com alto teor de carboidratos e baixo de gordura não apenas era segura para os portadores de diabetes, mas também ajudava a diminuir o colesterol.


Mesmo depois, a maioria dos médicos ainda achava que os pacientes com diabetes tinham que evitar os chamados carboidratos "simples", como açúcar de mesa, acreditando que esses adoçantes eram metabolizados com muita rapidez, aumentando o nível de glicose no sangue. Os médicos orientavam os pacientes a ingerirem carboidratos de alimentos ricos em amido, supondo que o corpo demorava mais para metabolizar esses carboidratos "complexos", o que significava que eles entrariam na corrente sangüínea mais gradualmente. Nos anos 90, os pesquisadores demonstraram que tal fobia de açúcar não tinha fundamento. Estudos mostraram que o tipo de carboidratos que um diabético consome é menos importante do que a quantidade total de carboidratos que ele ingere em um determinado dia. Além disso, muitos diabéticos ainda acham que os alimentos que contêm muito açúcar, como balas, bolos e sorvetes, são estritamente proibidos.


Diabetes e carboidratos


Batatas e feijões rajados. Cenouras e couve-flor. Pão de centeio e açúcar. Esses alimentos têm uma coisa em comum: todos são fontes de carboidratos, a fonte de energia preferida do corpo. Embora sejam formados apenas de carbono, hidrogênio e oxigênio, os carboidratos se apresentam em todas as formas e tamanhos. São encontrados nas frutas, verduras, grãos, feijões, laticínios e praticamente em tudo que comemos, exceto carne branca ou vermelha e as gorduras.



E os diferentes tipos de carboidratos têm diferentes efeitos no corpo e nos níveis de açúcar no sangue


Contando os carboidratos


Embora todos os alimentos façam os níveis de glicose subir, os carboidratos têm um impacto mais rápido, causando um aumento dos níveis de açúcar no sangue no prazo de duas horas após uma refeição. Contudo, vários fatores - como a quantidade de fibras ou a gordura que a refeição inclui - podem afetar a velocidade da digestão. Cerca de metade das calorias (de 45 a 65%) das calorias ingeridas em uma dieta normal deveria ser proveniente dos carboidratos.



Se estiver tomando insulina, a contagem de carboidratos é realmente o plano alimentar mais flexível. A contagem de carboidratos permite que você estime com mais precisão a quantidade de insulina que precisará injetar antes de comer, de modo a controlar melhor os níveis do açúcar no sangue após a refeição. Seu médico recomendará a quantidade de unidades de insulina por gramas de carboidratos em uma refeição. Existe a probabilidade, inicialmente, de você precisar experimentar um pouco até encontrar a proporção certa. A contagem de carboidratos também pode ajudá-lo a comer praticamente a mesma quantidade de carboidratos em cada refeição, o que ajudará a manter constante e saudável os níveis de açúcar no sangue durante o dia.


Se não estiver tomando insulina, a estratégia de cálculo de carboidratos é semelhante a viver com uma receita fixa. Você terá um limite diário determinado da quantidade de carboidratos que poderá comer (medida em gramas), mas compete a você decidir como vai querer "gastá-los" em cada refeição. Uma fatia de pão branco possui 13 gramas de carboidratos e uma maçã média, cerca de 20. Entretanto, uma pequena fatia de bolo de chocolate possui 32 gramas. Tome um milk shake de morango do McDonald's no almoço e use 67 gramas de sua cota diária de carboidratos.


A contagem de carboidratos não é difícil de ser feita. Requer apenas um pouco de prática e acesso a dois tipos de informações nutricionais: a quantidade de carboidratos em cada alimento que faz parte de uma refeição e a quantidade de cada alimento (ou tamanho da porção) que você comerá. Existem várias maneiras de obter essas informações.

• Rótulos - com os alimentos embalados, essas informações são impressas no quadro de informações nutricionais.


O quadro de informações nutricionais possui todos os dados de que você precisa para contar os carboidratos dos alimentos embalados

• Sua própria pesquisa - para os alimentos não embalados, existem disponíveis livros e sites que calculam os carboidratos. Alguns restaurantes fornecem essas informações.

• Listas de troca - para simplificar a variedade dos pratos, a Associação Americana de Dieta e a Associação Americana de Diabetes publicam essas listas fáceis de usar. Os alimentos são agrupados por categorias (como amidos, verduras, frutas, carnes e assim por diante) com tamanhos de porções pré-determinados. Todas as trocas de alimentos dentro de uma categoria têm valor nutricional quase equivalente e influenciam de forma semelhante os níveis de açúcar no sangue. Por exemplo, se você acorda em uma certa manhã e decide que quer comer uma tigela de cereal ou mingau de aveia em vez de sua torrada de costume, uma lista de troca pode lhe dizer a quantidade de cereal ou de mingau que você pode comer e ainda manter seu nível de açúcar no sangue dentro do limite. Informe-se com seu médico sobre essas listas de troca.

A contagem de carboidratos é um passo importante que você pode dar para controlar sua dieta. A próxima seção trata da escolha dos carboidratos certos para melhorar seu controle de glicemia (nível de açúcar no sangue).

Diabetes, proteína e gordura


Se você tem diabetes, não é apenas do consumo de carboidratos que você precisa cuidar. As proteínas e as gorduras também exercem um papel importante na manutenção saudável dos níveis de glicose, assim como na manutenção de sua saúde em geral. Esse artigo descreve os tipos de proteína e gordura que existem e discute formas de reduzir a quantidade de gordura em sua dieta.


Tipos de proteína e gordura

As proteínas e as gorduras exercem um papel importante na sua fisiologia, e se você for diabético, deve saber especificamente o que elas fazem.

Proteína

Componente principal de todo tecido do corpo, a proteína está principalmente nos alimentos de origem animal, incluindo carnes, peixes, ovos e laticínios. Entretanto, o feijão é uma excelente fonte, mesmo que pouco valorizada. O corpo quebra a proteína em aminoácidos. O principal papel dos aminoácidos é construir e reparar os músculos, órgãos e outros tecidos do corpo, embora também possam ser transformadas em glicose para serem usadas como energia quando a quantidade de carboidratos for pequena.

Gordura

Até surgir a moda dos carboidratos nos anos 90, a gordura permaneceu muitos anos como o principal vilão nutricional. Nem tão ruim nem tão boa, a gordura é um nutriente essencial que faz muitos alimentos sem graça ficarem deliciosos. Durante a digestão, as gorduras se quebram em ácidos graxos, que desempenham vários papéis. Seu corpo utiliza os ácidos graxos como uma fonte reserva de energia, embora também use a gordura para formar as membranas celulares, isolar e proteger os órgãos e dissolver certas vitaminas (o que permite que elas entrem na corrente sangüínea). Existem quatro tipos básicos de gordura.


O óleo de oliva é um exemplo de gordura monoinsaturada



• Gordura saturada - as moléculas de gordura são formadas de cadeias de átomos de carbono com pares de átomos de hidrogênio ligados. Os cientistas afirmam que essa forma de gordura é saturada porque cada carbono se liga a outro carbono com ma e a mais três hidrogênios sem nenhuma ligação dupla. Por razões químicas, biológicas e antropológicas complexas, muitas pessoas (especialmente no hemisfério ocidental) acham o sabor da gordura saturada excepcionalmente delicioso. Leite integral, sorvete, manteiga e carnes suculentas são fontes riquíssimas de gordura saturada. Precisamos dizer mais alguma coisa? Sim: a gordura saturada também provoca o aumento do colesterol LDL, o tipo "ruim" que se aloja nas artérias e aumenta o risco de doença cardiovascular.

• Gordura monoinsaturada - essas moléculas de gordura ("mono" significa "um"). Os alimentos com alto teor de gordura monoinsaturada são líquidos em temperatura ambiente e incluem os óleos de oliva, nozes e canola. O abacate e a maioria das nozes também são uma excelente fonte. Ao contrário da gordura saturada, as gorduras monoinsaturadas são boas para você, já que diminuem o colesterol LDL.

• Gordura poliinsaturada - a margarina, alguns tipos de óleos vegetais (incluindo os óleos de milho, girassol e soja) e o peixe são fontes de gorduras poliinsaturadas, formadas de cadeias de carbono com várias ligações duplas. As gorduras poliinsaturadas são extremamente benéficas à saúde. Os ácidos graxos ômega 3 presentes no óleo de peixe parecem ser bons para o coração. Provas sugerem que eles diminuem o risco de morte cardíaca súbita (causada por arritmias - ritmo instável do coração), além de baixar o colesterol e os triglicerídios.

• Gordura trans - essa forma de gordura saturada foi quimicamente alterada para ter a validade prolongada nas prateleiras dos supermercados. E os supermercados são os locais onde você encontrará essas gorduras muito usadas nos alimentos. Bolachas, bolos, batatinhas fritas, biscoitos e massas contêm gorduras trans, e isso é apenas o começo. As gorduras trans geralmente são usadas em frituras, por isso, muitos alimentos de preparo rápido estão carregados desse tipo de gordura. Elas também aparecem em banhas e em algumas margarinas (especialmente a do tipo tablete). A gordura trans é quimicamente semelhante à gordura saturada e, como é de se esperar, ela também aumenta o colesterol LDL, mais do que a própria gordura saturada, daí o perigo do seu consumo.

As dietas modernas normalmente têm mais gordura (de todos os tipos) do que precisaríamos ingerir diariamente. A próxima seção discute como reduzir a quantidade de gordura em sua dieta, diminuindo os tipos prejudiciais de gordura e diminuindo seu consumo de calorias a um nível saudável



Comendo menos gordura


A diabetes aumenta o risco de doença cardiovascular como infartos e derrames cerebrais, por isso, é essencial diminuir o consumo de gordura saturada, o que aumenta os níveis do colesterol LDL que entope as artérias. Mas a diminuição da gordura pode oferecer um benefício aos diabéticos, graças a dois fatores que acontecem dentro do corpo quando se consome alimentos doces. Primeiro, a gordura fica no estômago por um longo período. Embora os carboidratos sejam processados em apenas algumas horas, pode levar de seis a oito horas para a gordura de uma pizza ou de um milk shake sair do estômago e ir para o intestino. Além disso, os ácidos gordurosos interferem no trabalho da insulina. O consumo de grandes quantidades de gordura, então, pode levar à resistência à insulina e ao aumento dos níveis de glicose no sangue.

Esses dois fenômenos explicam porque comer lanches com alto teor de gordura é duas vezes mais perigoso quando se está prestes a ir para a cama. Se comer meio quilo de sorvete, verifique o nível de açúcar no sangue antes de escovar os dentes, porque os números provavelmente não irão alarmá-lo. Mas, durante a noite, depois de todo o tempo que a gordura teve para entrar na corrente sangüínea e impedir a insulina de armazenar a glicose, a leitura do nível de açúcar no sangue provavelmente estará abaixo do nível.

A gordura tem um papel importante, mas deve ser usada com inteligência seguindo algumas regras.

• Adote a moda do monoinsaturado - "gorduras boas" não são um paradoxo. As gorduras monoinsaturadas têm uma série de benefícios à saúde. Coma uma salada de abacate no almoço e um punhado de nozes no lanche. Cozinhe com óleo de oliva, canola ou nozes.

• Torne-se um homem-ômega (ou mulher) - o ácido graxo ômega-3 é outra gordura saudável, por isso, substitua a carne de alguns pratos por peixe, especialmente salmão, cavala, atum branco, anchova e outros peixes gordos.

• Faça a troca - experimente alimentos com pouca ou nenhuma gordura e acrescente-os a sua dieta. Não beba leite integral. Cerca de 2% de gordura no leite é uma grande quantidade de gordura. Tome leite desnatado ou com apenas 1% de gordura.


• Coma carnes magras - evite carnes gordurosas. Ao invés disso, prefira coxão ou lombo, que você pode preparar com escabeche com antecedência. Retire o máximo de gordura possível antes de cozinhar a carne.

• Prefira o "pote" - se você precisa passar alguma mistura na torrada ou no pãozinho, use margarina em pote. A margarina em tablete contém uma grande quantidade de gordura trans. Tudo bem usar um pouco de manteiga de vez em quando, mas devido a seu alto teor de gordura saturada, o ideal é que você raramente faça isso.


Diabetes e sal



A diabetes e a hipertensão estão relacionadas de uma forma perigosa. Você pode desenvolver a hipertensão, ou pressão alta, tendo ou não diabetes. Mas, freqüentemente elas aparecem juntas porque as duas são conseqüência da obesidade. As pessoas obesas apresentam um risco muito mais elevado de ter diabetes e hipertensão (pressão alta).



O que isso tem a ver com o sal? A maior parte do sódio que você ingere vem do cloreto de sódio - o sal de cozinha comum. E o sódio pode fazer a pressão arterial subir em algumas pessoas. Não há como saber se sua pressão aumentará se você consumir uma grande quantidade de sódio, por isso, o ideal é consumir uma quantia menor desse mineral. Dependendo de sua dieta atual, isso pode significar que você precisa tomar algumas atitudes dramáticas. O corpo humano precisa apenas de 400 miligramas de sódio para manter o equilíbrio dos líquidos.



Entretanto, o americano típico consome mais de 3.000 miligramas por dia. O governo recomenda limitar o consumo de sódio a 2.400 miligramas por dia. Parece muito? Isso equivale ao sódio de aproximadamente uma colher de chá de sal de cozinha. Entretanto, o saleiro que fica na mesa é apenas uma pequena parte do problema. O sódio é um mineral utilizado como conservante de alimentos. Comece lendo os rótulos das embalagens e você descobrirá que o sabor de muitos alimentos processados vem do sódio. Na verdade, de acordo com uma estimativa, 77% do sódio que os americanos consomem são de alimentos processados ou preparados industrialmente.


Apenas uma pequena porcentagem do sódio que você ingere vem do saleiro da mesa


De onde vem todo o sal? Os alimentos salgados, como frios e cachorro-quente, sem dúvida, são fontes de sal. Mas outros são uma surpresa. Você sabia que uma torta de cereja pronta pode conter duas vezes a quantidade de sódio de uma pequena porção de batatas fritas? Algumas outras fontes de sódio com as quais devemos tomar cuidado (algumas são óbvias, outras, não) incluem:

• refeições de fast-food;

• sopas e verduras enlatadas (a menos que venha indicado baixo teor de sódio ou sem sódio);

• comidas congeladas;

• cereal e aveia instantânea;

• condimentos;

• picles;

• temperos;

• antiácidos.

Os nutricionistas dizem que o paladar humano em relação ao sal pode ser pouco conhecido. Diminua o consumo de alimentos ricos em sódio por algumas semanas e, no fim, seu paladar poderá se adaptar. Aqui vão algumas estratégias que o ajudarão:

• procure nas embalagens "pouco sódio" ou "sem sal" (você sempre pode acrescentar uma pitada);

• se comprar comida enlatada que esteja mergulhada em sal, enxagüe-a para remover um pouco do sódio;

• coma alimentos frescos, quando possível, e diminua o consumo de "comidas rápidas" ou processadas;

• seja criativo com as ervas e os temperos para incrementar a comida que, normalmente, pode ficar sem gosto se não tiver sal;

• não vá colocando sal automaticamente na comida sem antes experimentá-la - você pode se surpreender; faça o mesmo antes de adicionar condimentos salgados;

• diga ao garçom que você quer sua comida sem glutamato monossódico (MSG) ou ingredientes com alto teor de sódio.



Diabetes e álcool



O efeito do álcool na diabetes pode ser surpreendente: ele pode causar complicações graves, como hiperglicemia (alto nível de açúcar no sangue) ou hipoglicemia (baixo nível de açúcar sangue), além da embriaguez. E a coisa mais a¬ssustadora é que os sintomas destas complicações podem ser iguais aos da intoxicação, retardando o tratamento.


Como uma pequena taça de vinho ou garrafa de cerveja pode causar tanta confusão? Diferentes fatores como o fato de você comer ou não enquanto bebe, podem ter algum papel no efeito que o álcool tem no nível de açúcar no sangue


Álcool e açúcar no sangue

O álcool não é um carboidrato, uma proteína, ou uma gordura, as principais fontes de energia do corpo. Ao invés disso, o corpo o vê mais como uma toxina.¬ Para o seu corpo, o álcool é um veneno que precisa ser metabolizado e removido do seu corpo o mais rápido possível para evitar que se acumule e destrua as células e órgãos.


Quando você bebe, o álcool passa muito rapidamente do seu estômago e intestinos para o seu corpo sem ser metabolizado. As enzimas no seu fígado fazem o trabalho de metabolização do álcool, mas esse processo demora muito. Seu fígado só pode metabolizar o álcool a uma velocidade, que não tem nenhuma relação com aquantidade que foi ingerida. Se você tomar álcool muito rápido ele não será metabolizado e permanecerá na corrente sangüínea para outras partes do seu corpo até que possa ser metabolizado. As células cerebrais são afetadas por esse excesso, impedindo que o cérebro funcione normalmente com a pessoa apresentando o quadro típico de embriaguez..



Ter comido ou não é um fator que pode influenciar na rapidez com que o álcool será absorvido no corpo. Uma vez que o álcool só pode ser processado a uma determinada taxa pelo seu fígado, diminuir o tempo de absorção (quão rápido o álcool aparece no seu sangue) pode ser benéfico. A rapidez com que seu estômago se esvazia no intestino é o que determina o tempo de absorção do álcool. Quanto maior a concentração de gordura da carne ingerida, mais devagar será o processo de esvaziamento do estômago e maior será o processo de absorção. Um estudo mostrou que as pessoas que bebem álcool depois de uma refeição que inclua gordura, proteína e carboidratos, absorvem o álcool aproximadamente três vezes mais devagar do que quando eles bebem a mesma quantidade de estômago vazio. Além da intoxicação que o álcool pode causar, o processo de metabolizar o álcool atrapalha outros processos que devem ser realizados pelo fígado. Normalmente, se o seu nível de glicose no sangue começa a cair, seu fígado responde liberando glicose estocada no seu interior para o sangue, aumentando o nível sérico e glicose. Essa glicose liberada pelo fígado no sangue corrige a hipoglicemia.

Entretanto, uma vez que seu corpo enxerga o álcool como um veneno, ele quer retirá-lo do seu corpo o mais rápido possível. Na verdade, ele está tão ocupado processando o álcool, que não produzirá ou liberará glicose estocada até que o álcool tenha sido eliminado do corpo. Essa incapacidade de produzir glicose pode colocá-lo em uma situação de risco por causa de vários problemas, incluindo uma grave reação de hipoglicemia (baixa glicose no sangue). Ou se você tiver feito uma refeição muito grande e continuar a beber álcool com muitos carboidratos, como cerveja, os níveis de glicose no sangue podem subir muito (hiperglicemia).


Se você tiver consumido álcool suficiente, seu julgamento pode ser afetado, diminuindo ou até mesmo eliminando sua capacidade de notar ou reconhecer os sintomas da hipoglicemia. Para finalizar, por serem parecidos com a intoxicação, os sintomas da hipoglicemia podem ser confundidos podem ser confundidos com os da embriaguez, possivelmente retardando o tratamento de emergência.

Então, você tem que se abster do álcool para controlar sua glicose no sangue? Você pode tomar uma cerveja com sua pizza ou uma taça de vinho com seu espaguete? Não existe uma resposta correta. Você deve discutir isso com seu médico. Seu histórico de consumo de álcool deve ser reavaliado, os medicamentos que você toma precisam ser avaliados com relação à interações em potencial com o álcool e seus níveis de controle da diabetes precisam ser analisados. Às vezes, pode ser bem seguro tomar um drinque, e outras vezes podem ser muito perigoso



Guia de álcool e diabetes



Se a diabetes permitir que você beba, os procedimentos abaixo podem ajudar a minimizar as chances de que o álcool possa interferir no seu nível de glicose no sangue.

• Beba somente se a diabetes estiver bem controlada - o álcool pode fazer alguns problemas associados à diabetes piorarem. O álcool pode se acumular nas células nervosas, intensificando os danos causados pelos altos níveis de glicose e piorar a neuropatia. Ela também aumenta os triglicérides, a pressão arterial e o risco de catarata. Se você tem freqüentemente hipoglicemia ou histórico anterior de hipoglicemia grave, o álcool pode ser um risco muito grande para você;

• Beba moderadamente - a metabolização do álcool pelo seu fígado é um processo lento, então a quantidade de álcool que você bebe deve ser controlada para evitar intoxicação. Beber moderadamente significa não mais que dois drinques por dia para os homens e não mais que um drinque por dia para as mulheres. Uma bebida simples é definida como 355 ml de cerveja ou vinho, ou 45 ml de bebida destilada. Lembre-se de que o álcool não possui nutrientes, somente calorias, muitas das quais seu corpo armazena como gordura.

• Não pule uma refeição ou diminua a quantidade de ingestão de comida quando estiver bebendo - tome seu drinque com uma refeição ou logo após comer. Nunca beba com o estômago vazio e não pule refeições.

• Sempre carregue uma forma de identificação, preferencialmente uma que indique que você é diabético - isso avisa às pessoas que seu comportamento confuso ou perda de consciência pode não ser causado pela intoxicação, mas por uma hipoglicemia grave.

• Nunca beba sozinho - informe as pessoas ao seu redor que você tem diabetes e ensine os sinais e sintomas da hipoglicemia. Desta maneira eles não confundirão estes sintomas de hipoglicemia com intoxicação pelo álcool, nem irão ignorar os sintomas ou demorar para tratar uma possível reação hipoglicêmica.

• Fique sóbrio - uma vez que o álcool possui um efeito relaxante, ele pode atrapalhar seu julgamento. Você precisa fazer suas refeições, tomar seus remédios e testar seu sangue dentro da programação;

• Teste a glicose do seu sangue freqüentemente - entenda como o álcool afeta você testando a glicose antes de beber, depois de beber e no dia seguinte. Certifique-se de sempre testar a glicose do sangue antes de dormir. E nunca aplique insulina extra ou tome os comprimidos para a diabetes para tratar valores elevados de glicose no sangue antes de ir dormir. Você pode ficar perigosamente hipoglicêmico enquanto dorme e o quadro pode evoluir para um coma hipoglicemico.


A diabetes e suas complicações representam um grave problema de saúde pública, tornando-se uma das maiores causas de internações e de atendimento nas urgências e emergências. É fator de risco importante para quem sofre de hipertensão arterial. Esse artigo é promessa a uma grande amiga que é diabética. Naturalmente pela complexidade do tema, não tive como resumi-lo muito. Tudo escrito aqui serve para um melhor conhecimento da doença, jamais substitui a orientação do seu médico. O tratamento não foi abordado pois como vimos acima, cada paciente necessita de tratamento individualizado e somente uma relação confiável entre o médico e seu paciente pode identificar o melhor para cada caso. Entretanto alguns conceitos são pertinentes a todos, dieta, medicamentos, atividades físicas, disciplina e principalmente não subestimar a doença. Com os recursos da medicina atual e o conhecimento detalhado da doença e suas complicações, o portador de diabetes pode ter uma longa e boa qualidade de vida.

Dr. Marco Sobreira
drmarcosobreira@gmail.com

3 comentários:

  1. Não sei quem postou, mas é de suma importância esclarecer a todos sobre esse mal do mundo moderno que é o diabetes! Parabéns!!

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  2. Que ver que no Blog também teremos dicas de saúde e informações como essas! Parabéns pela postagem!

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  3. Boom dia !!
    Quem fez essa postagem foi nosso amigo Dr° Marcos !
    Atendendo um pedido da Nadia Vida!
    Lindo muito bem explicado!

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